Os valores...
Não sei bem o que se anda a passar na cabeça das pessoas, mas tenho a sensação que anda tudo a tentar "sacar" o máximo, sem ter em conta a realidade do país!
A insensibilidade que alguns particulares e até algumas instituições têm para com o facto de estarmos a rodar uma longa metragem inteiramente portuguesa, com técnicos e actores portugueses, subsidiada apenas com os parcos fundos atribuídos pelo ICA e RTP, é avassaladora.
O último caso por que passamos é digno de registo!
A sequência a filmar é uma personagem que sai uma escadaria de um prédio e entra num carro estacionado.
O que se pretendia era apenas utilizar o hall de entrada do prédio, (nem mesmo os elevadores pretendíamos), e o patamar exterior.
O local de estacionamento do veículo já estava assegurado e pago, pois tanto a EMEL como a polícia (PSP ou Municipal) continuam a cobrar aos filmes portugueses a mesma taxa que cobram a publicidades ou filmes estrangeiros. (mas isso é assunto para outro texto!)
Voltando a este caso da portaria do prédio... o tempo de ocupação para fazer esta sequência tão simples, segundo as estimativas, não ocuparia mais do que 2 a 3 horas (interior do prédio e o exterior com o carro).
Escolhido o edifício entramos em negociação com a administração do prédio para a viabilização das filmagens.
1º foram as limitações de horários - só poderíamos filmar entre as 07.00h e as 10.00h
2º o orçamento! 1000€ (MIL EUROS) pela utilização da porta do prédio, por um período máximo de 3 horas. Cada hora suplementar 150€.
Além da apresentação da apólice de seguro, viabilizar sempre a entrada e saída de inquilinos, limpeza,...
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